13 de setembro de 2024

Vereadores aprovam proposta que incentiva a volta da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

Objetivo é facilitar a recriação da bolsa carioca, que encerrou suas atividades no final da década de 1990, após escândalos financeiros envolvendo o então mega investidor Naji Nahas

“Faria Lima, a festa está acabando”, despede-se o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), no vídeo compartilhado na rede social X (antigo Twitter). O político comemora a aprovação do Projeto de Lei (PL) 3276/2024 na Câmara Municipal nesta terça-feira (25). O texto permitiu alterações no Código Tributário do Rio com o intuito de incentivar a instalação de uma nova bolsa de valores na cidade.

Paes ainda brinca na publicação, mencionando o perfil Faria Lima Elevator, de piadas sobre o mercado financeiro no Brasil. “E o beach tennis aqui é na praia de verdade hein…Ah! E prometo não mandar um Nagi Nahas [sic] para aí!”, escreveu o político.

O prefeito encaminhou a proposta à Câmara de Vereadores da capital fluminense no começo deste mês. Segundo o político, o objetivo é facilitar a recriação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, que encerrou suas atividades no final da década de 1990, após escândalos financeiros envolvendo o então mega-investidor Naji Nahas.

O PL 3276/2024 propõe a redução do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% sobre atividades da bolsa de valores, um incentivo ao retorno do mercado de ações carioca.

Investida do Mubadala

O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, reportou em março deste ano que o Mubadala Capitalfundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, estaria se preparando para instalar uma nova bolsa de valores no Brasil, com sede no Rio de Janeiro.

De acordo com a apuração do jornal Valor, com aportes de capital do Mubadala, o Americas Trading Group (ATG)que opera sistemas eletrônicos de negociação de ações, aguarda autorização das autoridades do mercado de capitais para iniciar as operações.

Segundo as empresas, a futura bolsa ATG trabalharia para aumentar o volume de negociação do mercado brasileiro em vez de tirar participação da B3, atualmente a única bolsa de valores com autorização para operar no Brasil.

A previsão é que a nova bolsa no Rio inicie operações no segundo semestre de 2025, incluindo a negociação de ações, derivativos, câmbio e commodities. A bolsa seria liderada por Claudio Pracownik, presidente da ATG que já liderou a Genial Investimentos e a Ágora (adquirida pelo Bradesco em 2008). O executivo também tem passagens pelos bancos Pactual, Bozano, Santander Brasil e Plural.

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