Metanol: Brasil registra 24 casos confirmados – 08/10/2025 – Equilíbrio e Saúde

Homem de cabelos grisalhos e óculos segura e observa uma garrafa transparente na seção de destilados de uma loja, com prateleiras cheias de garrafas ao fundo e letreiro vermelho iluminado com a palavra

O Brasil tem 24 casos confirmados de intoxicação por metanol, informou nesta quarta-feira (8) o Ministério da Saúde. Além destes, há outros 235 em investigação —e 145 suspeitas foram descartadas após análises clínicas.

A maioria dos casos se concentra no estado de São Paulo, que acumula 20 confirmações e cinco mortes. Essas são todas as registradas até o momento, sendo 11 ainda investigadas. Já o Paraná teve três intoxicações confirmadas, e o Rio Grande do Sul registrou sua primeira confirmação.

O caso gaúcho é de um homem que consumiu bebida alcoólica em São Paulo. O estado paulista ainda investiga 181 suspeitas.

Outros estados que também tiveram notificações são Pernambuco (24), Paraná (5), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Espírito Santo (3), Goiás (2), Acre (1), Paraíba (1) e Rondônia (1).

Em relação às mortes suspeitas, são investigadas seis em São Paulo, três em Pernambuco, uma em Mato Grosso do Sul, e uma na Paraíba.

O Ministério da Saúde anunciou que vai receber nesta quinta-feira (9) um lote com 2.500 ampolas de do antídoto fomepizol, usado em casos de intoxicação por metanol e apontado por especialistas como o melhor medicamento para esses casos quando comparado com o álcool etílico puro, que também é usado nesses casos.

As ampolas foram compradas por meio do Fundo Estratégico da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), segundo o ministério.

Em São Paulo, a Justiça autorizou a destruição de todo o material apreendido em operações de combate à adulteração de bebidas no contexto da crise do metanol. A informação foi dada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta quarta-feira (8).

A decisão é do juiz Lucas Bannwart Pereira, do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, que atendeu a um pedido da Polícia Civil. No documento, ele afirma que milhares de frascos foram encontrados numa suposta empresa de recicláveis que vendia garrafas de várias bebidas alcoólicas sem nenhum controle de higiene, origem ou destino, e nem fazia a limpeza das embalagens.

Tarcísio deu a declaração durante visita às obras da Linha 17-Ouro do Metrô, em São Paulo. Segundo o governador, foi obtida autorização para destruir cerca de 100 mil garrafas encontradas em um depósito no centro da cidade.

Na capital, a Câmara Municipal aprovou nesta quarta a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol na capital.

A comissão terá sete membros, a serem indicados pelos líderes das bancadas, e duração inicial de 120 dias, prorrogáveis. O requerimento para abertura da CPI foi protocolado pela vereadora Zoe Martínez (PL) na quinta-feira (2).

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, os líderes têm até 15 dias para indicar os membros da CPI, que será aberta ao final desse prazo.



Folha SP

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