O boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nesta quinta-feira (12), mostra um aumento expressivo de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) neste ano, na comparação com os dois últimos anos. Os vírus influenza A e sincicial respiratório (VSR) são os responsáveis pela maioria das hospitalizações.
Em 2025 foram notificados 93.779 casos de SRAG, sendo 24,5% influenza A; 1,1% influenza B; 45,1% VSR; 22,3% rinovírus; e 9,9% Covid. O total de casos registrado representa um aumento de 91% em relação ao mesmo período de 2024.
Já no último mês, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A; 0,8% para influenza B; 45,5% para VSR; 16,6% para rinovírus; e 1,6% para Covid.
Os estados mais afetados são os da região centro-sul. O relatório mostra que 21 das 27 unidades federativas estão em nível de alerta para SRAG, com tendência de crescimento a longo prazo. Apenas o Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Distrito Federal, apesar de também estarem em estado de alerta, apresentam tendência de queda dos casos.
Além disso, 17 das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís.
O boletim menciona crescimento de influenza A na maior parte dos estados do centro-sul e do Nordeste, e em parte da região Norte, principalmente em jovens, adultos e idosos. Já os casos em crianças, associados ao VSR, também seguem em crescimento na maior parte do país.
Tatiana Portella , pesquisadora da Fiocruz, reforça à Agência Fiocruz de Notícias a importância da vacinação contra a gripe. “Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos da doença. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país, afirma.
A vacina da gripe está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS (Sistema Único de Saúde), e protege contra três cepas do vírus influenza.
