“Por mais de vinte anos sob sua propriedade, a Ben & Jerry’s se posicionou e se manifestou em apoio à paz, à justiça e aos direitos humanos, não como conceitos abstratos, mas em relação a eventos reais que acontecem em nosso mundo. […] É profundamente decepcionante chegar à conclusão de que essa independência, a própria base da nossa venda para a Unilever, desapareceu”, diz trecho do comunicado.
“Não mais acreditamos que a Ben & Jerry’s caiba dentro do guarda-chuva de uma entidade corporativa que não cumpre sua missão fundadora e que está reduzindo o valor da empresa ao minar um dos principais motivos pelos quais os clientes amam e apoiam a marca”, escreveram. “A Magnum pode ser uma empresa nova, mas mantém o legado, a liderança e o investimento da Unilever e seu histórico de ações contra a Ben & Jerry’s”.
Os conflitos entre as duas empresas já se estendem há pelo menos quatro anos, desde que a Ben & Jerry’s decidiu que não mais venderia em territórios palestinos que estão sob ocupação de Israel. Em 2024, a fabricante de sorvetes processou a Unilever, alegando que a controladora tentava impedi-la de se posicionar publicamente em apoio aos refugiados palestinos e havia ameaçado desmantelar seu conselho e processar seus diretores.
Paz, amor e sorvete
“Sempre foi mais do que apenas sorvete; era uma forma de espalhar amor e convidar outras pessoas para a luta por equidade, justiça e um mundo melhor. Chegar à conclusão de que isso não é mais possível na Ben & Jerry’s significa que não posso mais continuar fazendo parte da Ben & Jerry’s”, completou, afirmando que sua saída é uma das decisões mais difíceis e dolorosas que já tomou.
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Fonte ==> Você SA