Só que, como toda nova tecnologia, ninguém sabe direito o impacto que ela pode ter nas nossas vidas para além daquilo que ela se propõe a fazer, que é responder prompts. Como nosso cérebro reage a essa nova interação com essa máquina que também é novidade?
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Confira outros destaques da edição:
O que é um currículo fantasma e porque ele atrapalha (muito) sua imagem profissional
As informações estão desatualizadas, aparecem cargos que você já deixou para trás, e-mails que não usa há anos e, para piorar, até experiências profissionais que nunca fizeram parte da sua vida. Surreal, né? Pois esse personagem indesejado tem nome: currículo fantasma. Uma sombra digital que surge sem convite e que pode trazer dor de cabeça justamente na hora em que você mais precisa de clareza profissional.
O termo pode até soar engraçado, mas o estrago não tem nada de divertido. Recrutadores e empresas pesquisam candidatos em várias plataformas e, se encontram versões diferentes da sua trajetória, a pulga atrás da orelha aparece. E você sabe: num mercado supercompetitivo, qualquer detalhe pode virar critério de exclusão.
Hoje, um currículo já não é mais um conjunto de folhas guardadas na gaveta de um recrutador, mas sim um conjunto de versões espalhadas em sites, bancos de dados e redes sociais. Cada clique que você dá ao se cadastrar em um processo seletivo deixa um rastro. E esses rastros, somados ao longo dos anos, são justamente o terreno fértil para que apareçam versões indesejadas de você por aí.
Saiba o mal que esses fantasmas podem fazer e aprenda a espantá-los.
Como se dar bem com um chefe mais jovem que você
Você ralou anos, acumulou experiência, sobreviveu a mudanças de mercado, já trabalhou em empresa com fax, viu o e-mail nascer, aprendeu a lidar com chefes de todo tipo… e, de repente, descobre que seu novo gestor tem metade da sua idade, não quer saber de horários fixos e estimula os funcionários a levar o pet para o escritório. E aí? O que você faz?
A grande questão é: você está preparado para ser liderado por alguém mais jovem do que você? A resposta passa por entender como a transformação digital, a aceleração das carreiras e a diversidade geracional estão mexendo com a forma como trabalhamos. E, spoiler: os dados mostram que, se a gente souber jogar junto, todo mundo sai ganhando.
Uma conversa é como jazz: é preciso ter coordenação e saber improvisar
Alison Wood Brooks, pesquisadora de ciência comportamental e professora associada na Harvard Business School, defende que o jazz e a conversa têm várias semelhanças. Assim como a música, ela afirma que conversar é uma arte – “e talvez uma das mais subestimadas”.
Para ela, a grande magia da conversa está na naturalidade e na incerteza. No jazz, a coordenação silenciosa entre a banda é uma leitura intuitiva e precisa das mentes uns dos outros. Para que a música pareça natural, todos os membros precisam estar em sintonia, navegando pelas regras implícitas de um estilo musical complexo e específico. Lá no palco, com os instrumentos em mãos, não tem jeito de saber como os outros músicos vão improvisar. Essa é a chance que eles têm de criar uma experiência única para todos os envolvidos – banda e plateia.
A conversa funciona da mesmíssima maneira. Toda situação de troca vai exigir que os interlocutores analisem o contexto, leiam a mente e comporta- mentos um do outro e decidam qual é a melhor atitude. Com tantas oportunidades de conversa e interação, é preciso improvisar ajustes constantes para se adequar às mudanças e novas informações.
“Como músicos de jazz, podemos aprender os ritmos e padrões previsíveis de conversa e depois, juntos, improvisar para executá-los.”
Outra semelhança entre os dois é que você pode melhorar suas habilidades em ambos se praticar e entender um pouquinho mais da teoria por trás. No caso do jazz, é a teoria musical. Para a conversa, estamos falando das teorias da comunicação.
Existe gente que se dedica a analisar o jeito que as pessoas se comunicam e como isso afeta seus relacionamentos, emoções e pensamentos. Cientistas como Brooks ouvem conversas e fazem extensos registros e análises para transformar o ato de conversar, algo extremamente humano, em uma ciência prática.
Em seu primeiro livro, FALE: a ciência da conversação e a arte de ser você mesmo, Brooks destrincha um acrônimo: F de Foco; A de Aprofundamento; L de Leveza; e E de empatia. Baseado em seus anos como pesquisadora e especialista em psicologia da comunicação, Brooks adaptou o curso que ministra em Harvard para 259 páginas de dicas práticas e reflexões para te ajudar a melhorar conversas e aprofundar relacionamentos – tudo baseado em pesquisas científicas.
Nesta edição, você confere alguns trechos do primeiro capítulo do livro. Boa leitura!
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Fonte ==> Você SA